quinta-feira, 17 de maio de 2012

Lucy....

Lucy e Lucius...Parecia que foram feitos um para o outro. Assim como ele o masculinos de Lucy, e ela o seu feminino. Não deveria nunca ser diferente.
Cada vez que ela a via comentava essa descoberta, com um sorriso bobo nos lábios. Ela o olhava com ar repressor e lhe dizia que tudo aquilo era uma bobagem. coisas de criança. ele apenas concordava e pensava em silêncio:"é bobagem, mas é o que acho. É o que me faz acreditar que daremos certo."
Lucy, ele já sabia, não era de brincadeiras. e muito menos de sonhar com relacionamentos duradouros e românticos.
Mas embora fosse essa durona - como gostava de ser chamada - possuía certas manias peculiares, e de certo modo românticas.
Assim que conheceu Lucius, não pediu seu número de telefone e nem pareceu ter vontade disso. Diferente dele - que de tão nervoso para conseguir o número dela, deixou seu celular se espatifar no chão - Lucy apenas pediu seu endereço completo, com CEP, número da rua e da casa. Abismado e sem entender, Lucius buscou rapidamente um pedaço de papel, um guardanapo que fosse. Mas o que encontrou foi o rótulo da cerveja barata que haviam bebido ( que estranhamente e carinhosamente Lucy colocou em seu "caderno de memórias").
Uma semana depois, Lucius recebeu uma carta de Lucy. Ah! Nunca o carteiro foi tão bem vindo naquela residência. Até porque sempre levara contas e nunca cartas de bom grado.
Na carta, escrita com letra maravilhosamente desenhada, Lucy perguntava como ele estava, o que tinha feito na semana e outras perguntas um tanto quanto...estranhas, mas que o fizeram sorrir.
Porque alguém teria interesse em saber a cor do cadarço preferido de outra pessoa? E o sonho da noite anterior?
Engraçado! Mas mais engraçad era a segunda folha. Nela haviam desenhos sem sentido, adesivos e pequenos corações em torno da folha. Tudo tão sem sentido! Mas que se tornaram a coisa mais singela e significativa para os olhos de Lucius. Tanto que largou tudo o que deveria fazer, sentou-se diante de sua mesa e se pôs a escrever uma carta. Assim, durante todo seu "pseudo relacionamento" - como Lucy o chamara - trocaram curiosidades e pequenos segredos que muitas vezes não conseguiam relatar olhando no olho... (continua)

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