... a levou para casa, para o quarto e nem perguntou seu nome. Tiraram suas roupas como se uma força os movessem. Transaram, fizeram sexo, amor... Tudo o que a noite lhes permitiu. A lua os contemplava ao entrar pela janela de seu apartamento, no quarto andar.
Morando sozinho, nunca ligou para arrumações, não gostava nem de lavar panelas. Quanto aos pratos e copos, sentia uma certa satisfação ao lavá-los. Se divertia ao lavar enquanto escutava Paralamas do Sucesso. O resto da faxina "mais pesada", deixava para sua madrinha Heloísa. Tudo o que ela fazia era de coração, por amizade e carinho por Lucius e sua mãe. Lucius nem se importava quando ela mexia nos seus livros e cadernos tentando encontrar algum segredo seu. Mas se irritava quando trocava seus CD's de lugar. Virginiano meticuloso, gostava de manter seus objetos preferidos em ordem alfabética. Mania tida por ele como uma característica positiva, e não um defeito.
Naquela noite em que Lucy foi para lá, Lucius acordara atrasado e sua casa estava literalmente uma bagunça. Heloína não trabalhara naquele dia pois sua filha teria de fazer alguns exames (ou algo assim.).
Para ele a bagunça pouco importava. Havia muito tempo que ninguém o visitava. A limpeza nem era necessária. Mas logo naquele dia em que o "apê" estava jogado, ele arrumara alguém. Não qualquer pessoa, mas a mulher mais maravilhosa e decidida que cruzara seu caminho.
Lucius tentou pensar em alguma maneira de ajeitar tudo pela manhã, antes que ela acordasse.Mas a noite foi tão exaustiva, que quando acordou já passava do meio dia e Lucy já não habitava mais seus lençóis. Mas deixara um bilhete: "Te encontro no nosso bar. P.s. vá com a camisa verde que encontrei no seu armário. Lucy". (continua)
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