segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Lucy percebia no olhar das pessoas quem era como ela, quem omitia suas vontades ardentes. Mas com Lucius sentia o contrário. Sentia doçura, decência. E ao perceber isso, temia que ele descobrisse, temia seu julgamento.
Mas por que? Se ele era mais um, como os outros que passaram por sua vida... apaixo...não, não Lucy. "Amar a todos e nunca ser egoísta a ponto de amar somente um." Essa era a sua frase, a que melhor poderia descrevê-la.
Acontece que quando estava diante de Lucius, nada disso lhe parecia real. Como se fosse outra Lucy. A apaixonada e dependente de um outro ser...de um homem!
Mesmo assim, nada a impedia de viver suas noites, de sugar a essência de cada estrela, de cada lua cheia que lhe saudava. Suas noitadas lhe davam, além de prazer, criatividade para o dia seguinte e mais vontade de viver os dias que viriam. (continua)

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Quantas histórias ocultas existem naquele corpo. Se a cada transpiração ele revelasse seus segredos, todos se chocariam. Ficariam boquiabertos com suas verdades. Mesmo que no fundo quisessem fazer o mesmo.
Se a noite e os becos imundos onde ela liberta-se repetissem uma só frase dita por sua boca carnuda, muitos tampariam seus ouvidos. Outros porém, não esconderiam mais seus sexos.
Ninguém, além dela e dos seres que encontrava pela escuridão sabia de suas aventuras. Lucius não poderia nem imaginar dessa sua vida dupla.
ele era um tanto quanto... conservador, quando se tratava de alguém que ele mantinha relação, claro. Até lhe dava certo prazer ver esses filmes eróticos, ou escutar casos de seus amigos em orgias. Mas era inadmissível alguém que ele fosse tão próximo fazer esse tipo de coisa. Mais ainda Lucy, sua "amada intocável". (continua)


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Lucy amava... e como amava! Sentia amor por todos que conhecia. Se autodenominava uma "amante gulosa". Amava todos, queria todos, e muitas vezes ao mesmo tempo.
Todos sabiam dessa sua "coleção" de amores, e gostavam disso. Muitos lutavam para fazer parte de seu "álbum". Mas além de amores, colecionava amizades. Seus ex eram todos seus amigos... íntimos. Ela continuava a amá-los do seu modo, e não admitia separações. Aliás, tinha até um certo ciúmes daqueles que após o término do relacionamento seguiam suas vidas, com novas mulheres e novos amores.
Lucy havia sido madrinha de muitos casamentos. Todos, claro, por insistência dos futuros maridos. As mulheres morriam de inveja e ciúmes da relação deles com "aquelazinha". Também pudera, todas elas sabiam o quanto Lucy havia sido importante e quão significativa ainda era a relação deles com ela.
Lucy sabia disso, e com certa malícia provocava as mulheres, sempre dizendo que nada mais havia entre eles. Até porque ELA havia terminado!
Ah, o ELA! Como frisava essa palavra. Mas porque isso? Será que gostava de relembrar que havia terminado com sonhos dos apaixonados? Que havia lhes pisado os colhões?
Eles pouco se importavam, quer dizer, fingiam não se importar. Sabiam que Lucy tinha esse poder. Ela podia! E mesmo assim todos continuavam a lhe amar.
Era como um dom, um feitiço! Será Lucy uma bruxa? Não, nunca. Lucy era uma Ninfa, luz e muito amor e paixão. Não só isso... era também desejo, malícia e sedução. (continua)